O meio rural brasileiro apresenta uma distribuição desigual das terras, ou seja, um pequeno número de proprietários tem posse de milhões de hectares de terras enquanto milhões de pequenos e médios agricultores dividem cerca de 10% das terras restantes. Isso é herança do período colonial quando houve distribuição de terras pelo governo para a ocupação do território, refletindo nos anos que passaram até hoje. Esta situação gerou os latifúndios que são grandes propriedades rurais de baixa produção.
Esta situação tem gerado diversos protestos e conflitos no campo, pois muitos trabalhadores rurais não possuem terra para trabalhar e, para conseguirem, lutam pela realização da reforma agrária, ou seja, pela redistribuição de terras e condições de utilização da área.
Esses conflitos no campo já geraram muitas mortes e diversos tipos de danos sem que a situação fosse resolvida até os dias atuais. O estado do Pará é o que apresenta o maior índice de violência no campo. Diversos grupos lutam pela reforma agrária no Brasil, como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e a Comissão Pastoral da Terra. As principais características desse conflito são:
– a reivindicação dos trabalhadores rurais em ocupar as terras em que trabalham;
– ocupação de terras improdutivas;
– acampamentos nos quais famílias sem-terra desejam ser fixadas;
– expulsão dos trabalhadores rurais por grandes fazendeiros ou grileiros.
Fonte: Geografia – Projeto Araribá – 6ª série.
De acordo com o que foi lido, faça os seguintes exercícios:
1 – Pesquise o significado dos termos sublinhados no texto.
2 – Quais são as causas dos conflitos no campo no Brasil?
3 – Você é contra ou a favor da reforma agrária? Por que?